(No nosso blog, achamos importante dar voz a todas. Por isso, convidámos uma das nossas seguidoras a dar o seu testemunho. )
” Nunca pensei muito sobre o assunto, mas a verdade é que a contar pelas minhas experiências amorosas ainda não tive nenhuma que fosse séria, duradoura. Na flor da idade nunca se pensa demasiado nisto, e nem agora penso muito mas tiro, eventualmente, uns minutos de quando em vez para ver se descubro de onde vem esta falta de experiência em relações.
As minhas relações são sempre espontâneas, ou repentinas, ou só um fracasso. Já tive as chamadas “paixões assolapadas”, aquelas que aparecem do nada e nos deixam completamente à toa… e por essas, esforçamo-nos sempre um bocadinho mais e eu esforço-me, já me esforcei mas nunca “senti” que estaria certo e acabei por desistir, ou o respectivo desistiu de mim, porque às vezes nem consigo perceber bem o que se passa.
Tive uma vez um namorado que, como os restantes dois a quem chamei de “namorados” ou pelo menos com quem assumi uma relação pública, foi sol de pouca dura e por quem sempre senti um carinho especial, uma atracção ridícula, mas à parte dessa atracção gigante que qualquer pessoa na sala conseguia sentir, nunca me chamou muito à atenção enquanto pessoa e por isto refiro-me a objectivos de vida (isto porque sempre fui uma pessoa com ambições e faz-me confusão como algumas pessoas não têm uma única). Adiante, pareço ter queda para este tipo de relações, uma coisa mais incerta, sem ponta por onde se lhe pegue mas que funciona bem nos primeiros (e únicos) tempos de relação. Pergunto-me o porquê destas minhas escolhas, mas não dou demasiada atenção a este tópico, como diria um amigo meu, “deixo correr o dia”.
Depois ao avaliar pelas reacções dos que me rodeiam quando percebem que nunca tive um compromisso, de facto, sério parece-me que as pessoas levam isto demasiado a sério, oh a ironia. Não é que me arme em louca e ande aí aos caídos à procura de mini-relações, simplesmente nunca tive oportunidade ou quando a tive não quis avançar e não me parece que tenha feito alguma coisa de errado, já me apaixonei e desapaixonei e já vivi relações cheias de intensidade e relações sem graça nenhuma mas arrisquei e posso dizer que não me arrependo.
Nunca arrisquei uma relação à séria mas ainda tenho tempo, e enquanto a minha altura não chegar vou continuando com a minha ideia de relação!”
Sophia P.(nome fictício)
20 anos
//
( At out blog, we think it’s important to give voice to everyone, that’s why we invited one of our followers to give us a testimony).
” I never thought that much about this, but the truth is, counting by my love experiences, I didn’t have even one that was serious or lasting. In the prime of life you don’t think a lot about this, and I still don’t do it, but once in a while I take some minutes of my day to try to discover where this lack of relationships experience is coming.
My relationships are always spontaneous, sudden or just a failure. I’ve had “insane passions”, those that appear from nowhere and leave us completely out of reality… and for these kind of passions, we put an extra effort for them to work, and I do it, I did it but I never felt it was going anywhere, and I just gave up, or the guy gave up, sometimes I couldn’t even understand.
I once had a boyfriend who, like the other two I actually called “boyfriend” or at least with who I assumed something, didn’t last much, although I had a very special feeling and an ridiculous attraction for him. But apart from that giant attraction, that everyone could see, he never got me because he’s one of that kind of guys…with no goals for his life (as an ambitious person, this really bothered me). Anyway, it seems I tend to follow this uncertain kind of relationships, with no roots at all to keep it up, although it works perfectly in the first and only period of time. I wonder about these choices of mine, but I don’t waste too much time thinking about this, as a friend of mine would say, “let the day flow”!
Then, judging by people’s reactions when they realize I never had a serious relationship, it seems to me, in fact, that they take it to serious, oh the irony. C’mon, it’s not that I’m running after mini-relationships, I just never had the chance or when I had I didn’t want to. And I don’t think I did something wrong, I already fell in and out of love, I lived things with great intensity and some with no intensity at all, but I don’t regret it.
I never took the risk of being on a serious relationship, but I still have the time, and while my time is yet to come, I will keep on with my idea of relationship!”
Sophia P. (fake name)
20 years old